Como escolher o soro ideal: tipos, indicações e diferenças
Soros e soluções endovenosas 💧
A escolha correta do soro impacta diretamente na eficácia da terapia, segurança do paciente e no resultado clínico. Este guia apresenta os principais tipos de soros, indicações, diferenças entre embalagens e cuidados de manuseio.
Como escolher o soro ideal: tipos, indicações e diferenças
A escolha do soro ideal depende do objetivo terapêutico, do estado clínico do paciente e do contexto de uso (emergência, manutenção, cirurgia, UTI etc.). Abaixo, os soros mais usados e suas principais características.
Principais tipos de soros
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Glicose (Azul): soluções de glicose (ex.: 5% ou 10%). Indicado para reposição energética, hipoglicemia e manutenção hídrica. Atenção em diabéticos.
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Fisiológico (Cloreto de Sódio 0,9%) (Amarelo): solução isotônica de NaCl. Usado em reposição volêmica, diluição de medicamentos e irrigação.
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Glicofisiológico (Verde): mistura de glicose com NaCl 0,9%. Indicado para aporte energético leve combinado com reposição de volume.
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Manitol (Rosa): solução osmótica (10% ou 20%) indicada para redução da pressão intracraniana/intraocular e como diurético osmótico.
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Ringer Simples (Rosa claro): solução balanceada contendo Na+, K+, Ca2+ e Cl−. Indicação: reposição de eletrólitos e reposição volêmica.
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Ringer com Lactato (Bordo): solução isotônica balanceada com lactato de sódio indicado para reposição volêmica e acidose metabólica leve.
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Água para Injetáveis (Cinza claro): água purificada estéril para diluição de medicamentos. Nunca administrar isoladamente por via IV.
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Glicerina (Marrom): uso restrito, geralmente não endovenoso aplicadas em formulações específicas.
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Bicarbonato de Sódio (Vermelho com azul): solução de HCO3 utilizada para correção de acidose metabólica grave; administrar com monitorização.
Você sabia?
O soro fisiológico (NaCl 0,9%) tem o mesmo princípio ativo do sal de cozinha: cloreto de sódio. A diferença está na pureza, esterilidade e no controle de concentração para uso clínico.
Diferenças entre soro em bolsa ou em frasco
Bolsa (flexível): maior resistência a quedas, mais leve, ocupa menos espaço e facilita descarte e manuseio em sistemas fechados.
Frasco (rígido): tradicional, pode ser usado com seringas ou sistemas abertos; mais sujeito a quebra.
Produtos e acessórios utilizados com o soro
- Equipo de infusão: conjunto de tubos, filtros e conexões para administração segura.
- Suporte de soro: suporte metálico ou plástico para suspensão da bolsa/frascos.
- Cateter intravenoso e canulação: dispositivos de acesso venoso periférico ou central.
- Bomba de infusão: para controle preciso do débito, especialmente em UTI, neonatologia e quimioterapia.
- Filtros e adaptadores: utilizados para remover partículas e evitar bolhas/contaminação.
Sistema aberto vs sistema fechado — aplicações
Sistema fechado: conexões que preservam a barreira estéril (ex.: bolsas/frasco com dispositivos de conexão luer-lock ou spike com selo). Menor risco de contaminação e mais seguro para uso prolongado.
Sistema aberto: frascos/balões que exigem abertura para aspiração ou transferência do conteúdo; usados em cenários com menor disponibilidade de dispositivos fechados ou para extração por seringa. No sistema aberto, o soro fisiológico (NaCl 0,9%) é muito utilizado para lavagem e irrigação de feridas e cavidades por ser de baixo custo e fácil disponibilidade porém com maior risco de contaminação se não for usado com técnica asséptica e tempo de uso limitado.
Cuidados com armazenamento, empilhamento e manuseio
Armazenamento: manter em local limpo, seco, arejado e protegido da luz direta; seguir temperatura recomendada pelo fabricante.
Empilhamento: respeitar o empilhamento máximo indicado pelo fornecedor excesso pode deformar bolsas ou romper selos.
Validade e integridade: não utilizar soluções com prazo vencido, com embalagens violadas, turvação ou precipitados.
Transporte: evitar quedas e vibrações; proteger contra calor/extremo frio em longas distâncias.
Higiene: técnica asséptica e preferência por sistemas fechados sempre que possível.
Comparativo visual dos principais tipos de soros
| Soro | Cor do frasco | Composição | Indicações | Observações |
|---|---|---|---|---|
| Fisiológico | Amarelo | Cloreto de Sódio 0,9% | Reposição volêmica, diluição, lavagem/irrigação | Sem calorias; cuidado com excesso de sódio |
| Glicofisiológico | Verde | Glicose + NaCl 0,9% | Hidratação com aporte energético | Útil em pediatria e manutenção |
| Manitol | Rosa | Manitol 10%–20% | Redução de PIC, diurese osmótica | Uso com monitorização rigorosa |
| Ringer Simples | Rosa claro | Na+, K+, Ca2+, Cl− | Reposição eletrolítica | Opção em disfunção hepática (sem lactato) |
| Ringer com Lactato | Bordo | Ringer + lactato de sódio | Reposição volêmica, acidose leve | Lactato metabolizado pelo fígado |
| Glicose | Azul | Glicose em água (ex.: 5%) | Hipoglicemia, manutenção energética | Monitorar glicemia; atenção em diabéticos |
| Água para Injetáveis | Cinza claro | Água purificada estéril | Diluição de medicamentos | Nunca administrar isoladamente via IV |
| Glicerina | Marrom | Solução de glicerina | Uso tópico/enemas; IV raro | Uso endovenoso pouco comum |
| Bicarbonato de Sódio | Vermelho/azul | Solução de HCO3− | Correção de acidose metabólica grave | Administrar com monitorização de pH |
Conclusão
A seleção adequada do soro deve considerar objetivo terapêutico, perfil do paciente (comorbidades, função hepática/renal, glicemia), contexto clínico e disponibilidade do sistema (fechado vs aberto). Priorize práticas assépticas, sistemas fechados e siga as recomendações do fabricante quanto a armazenamento e empilhamento.
Lembre-se: A prescrição e monitorização adequadas são essenciais para segurança e eficácia do tratamento.
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