Agulhas para Raquianestesia: Tipos, Modelos e Comparação Prática

Agulhas para Raqui e Peridural 💉
A escolha correta da agulha anestésica faz toda a diferença no sucesso da raquianestesia ou bloqueio peridural. Neste post, vamos comparar os principais modelos (Quincke, Tuohy, Whitacre, Sprotte e Crawford), destacando vantagens, desvantagens e indicações práticas para auxiliar profissionais da saúde na tomada de decisão.
Agulhas para Raquianestesia e Peridural: modelos, tipos e comparativo prático
Anestesia regional na prática: imagine o cenário! Uma cirurgia de joelho em paciente jovem pede redução máxima do risco de cefaleia. Já uma cesárea pode exigir analgesia prolongada e facilidade na passagem do cateter. A escolha da agulha é essencial para garantir eficácia, segurança e conforto.
A anestesia regional é amplamente utilizada em cirurgias, partos e procedimentos ortopédicos. A escolha da agulha ideal influencia diretamente na eficácia do bloqueio e na redução de complicações como a cefaleia pós-punção. Conheça os modelos mais usados e veja exemplos práticos de quando usar cada um.
Raquianestesia: O anestésico é injetado diretamente no líquor, dentro do espaço subaracnóideo (camada profunda), produzindo um bloqueio rápido e intenso, normalmente sem necessidade de cateter.
Peridural: O anestésico é depositado no espaço peridural (ao redor das meninges), ação mais lenta e controlada, permitindo uso de cateter para analgesia contínua (ideal para partos, cirurgias longas e dor crônica).
Resumo prático: Raqui = punção única, efeito rápido e intenso.
Peridural = analgesia ajustável, pode ser prolongada via cateter.
É uma dor de cabeça forte e característica, que pode acontecer após a punção da meninge (dura-máter) durante procedimentos como raquianestesia. Normalmente, ela aparece entre 24h e 72h após o procedimento, piora ao ficar em pé e melhora ao deitar.
Esse tipo de cefaleia ocorre porque o líquido que protege o sistema nervoso (líquor) vaza pelo pequeno orifício deixado na membrana — por isso, agulhas mais finas e de ponta não-cortante podem reduzir bastante esse risco!
🔎 Principais modelos de agulhas
- Quincke: ponta cortante em bisel; fácil inserção, muito disponível.
Exemplo prático: Utilizada em raquianestesias gerais, principalmente em pacientes idosos ou em procedimentos rápidos. - Tuohy: ponta curva em “bequilha”; padrão ouro para bloqueio peridural.
Exemplo prático: Preferida para partos e analgesia prolongada, já que facilita cateterização. - Whitacre: ponta tipo lápis; menor risco de cefaleia, exige técnica apurada.
Exemplo prático: Ideal para pacientes jovens, como mulheres em cesárea eletiva, onde o desconforto pós-punção precisa ser minimizado. - Sprotte: ponta romba; reduz trauma e vazamento de líquor.
Exemplo prático: Escolha segura para pacientes sensíveis ou em procedimentos em idosos frágeis. - Crawford: utilizada em anestesia caudal; formato reto e direcionado.
Exemplo prático: Muito usada em bloqueios caudais pediátricos ou para procedimentos urológicos.
Não existe “agulha perfeita”. O modelo ideal depende do tipo de bloqueio, do perfil do paciente e da experiência do anestesista.
📊 Comparativo visual dos principais modelos
Modelo | Tipo de ponta | Vantagens | Desvantagens | Indicação |
---|---|---|---|---|
Quincke | Cortante (bisel) | Fácil inserção, muito disponível | Maior risco de cefaleia pós-raqui | Raquianestesia geral |
Tuohy | Curva | Facilita passagem do cateter | Mais difícil em espaços estreitos | Peridural (principalmente partos) |
Whitacre | Lápis | Reduz cefaleia | Inserção mais técnica | Raqui em pacientes jovens/adultos, cesáreas |
Sprotte | Romba | Menos trauma e vazamento | Necessita experiência | Raqui delicada ou em pacientes frágeis |
Crawford | Reta | Boa em bloqueio caudal | Menos versátil | Anestesia caudal (pediatria, urologia) |
- Usar sempre o mesmo modelo por hábito, sem considerar as características e riscos do paciente.
- Não conferir antes a disponibilidade — imprevistos acontecem!
- Subestimar a necessidade de técnica apurada com agulhas lápis/rombas.
Dica: Mantenha sempre 2 modelos à mão na sala — agilidade faz diferença.
Quanto menor o número do “G”, mais grossa a agulha (ex: 22G é mais espessa que 27G).
- Agulhas finas (ex: 27G): Menor risco de cefaleia, mas exigem habilidade e podem entortar facilmente.
- Agulhas grossas (22G–25G): Facilitam a punção, mas aumentam o risco de trauma tecidual.
Equilibre segurança, técnica e indicação clínica ao escolher!
💡 Como escolher a agulha certa?
- Técnica desejada (raqui x peridural).
- Perfil do paciente (gestantes, idosos, jovens, pediatria).
- Experiência do profissional.
- Disponibilidade do modelo na instituição.
- Objetivo do bloqueio: analgesia de curta ou longa duração? Bloqueio único ou contínuo?
✓ Qual agulha mais usada na obstetrícia? Tuohy para peridural, Whitacre ou Sprotte para raquianestesia — ambos visando menor risco de cefaleia.
✓ Posso usar agulha Quincke para todos? Pode em teoria, mas em pacientes jovens o risco de cefaleia pós-raqui é maior.
✓ Existe diferença na dor da punção? Sim! Agulhas tipo lápis e rombas geram, na maioria dos casos, menos desconforto no momento da punção.
✅ Conclusão
As agulhas anestésicas são instrumentos decisivos na prática clínica. Quincke, Tuohy, Whitacre, Sprotte e Crawford têm características próprias para diferentes cenários. Avalie sempre o risco de complicações, o conforto do paciente e a facilidade de uso para tomar a melhor decisão a cada caso.
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